Ao tomar posse na manhã deste sábado o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, afirmou que vai usar sua experiência à frente do Ministério da Justiça para governar o Estado com "pacto entre poderes" e combate à corrupção. "Faremos do Rio Grande do Sul um exemplo no combate ao desvio de conduta de agentes públicos", afirmou na janela do Palácio do Piratini, após receber o cargo da tucana Yeda Crusius, que teve o governo marcado por escândalos de corrupção.
Ainda na Assembléia Legislativa, onde assinou o termo de posse, Tarso destacou que o "pacto", promovido nos mesmos moldes do que foi feito enquanto estava à frente do ministério, fomentou "bons acordos para vencer problemas que emperravam a estrutura do Estado brasileiro".
Ao assinar o termo da posse, Tarso recebeu das mãos do presidente da assembleia, deputado Geovani Cherini (PDT), três argolas com as cores do Estado: verde, vermelho e amarelo, que seguindo o parlamentar, representavam o "elo" entre o Executivo e Legislativo.
Na assembleia Tarso defendeu "uma relação permanente e respeitosa com o parlamento e entidades sociais" e disse que a cultura política gaúcha deve ser potencializada para que o Estado tenha "um papel decisivo" no Brasil.
Após a cerimônia na assembléia, Tarso se dirigiu para o Palácio do Piratini, sede do governo gaúcho, onde recebeu o cargo da então governadora do Estado, a tucana Yeda Crusius. Em seu discurso de despedida, ela destacou que seu governo foi de "gestão" e focado na "transparência" e citou um trecho do livro O Príncipe, de Nicolau Maquiavel, ao falar sobre os desafios de estabelecer uma nova ordem.
"A transparência foi um novo jeito de governar, ao invés de fazer política atrás do biombo.. fui acusada de não saber fazer política. Fizemos com que não houvessem feudos ou amigos do rei e da rainha", disse Yeda em seu discurso.
Tarso desejou um período de descanso para a governadora "após passar por momentos difíceis na política". "Estou aberto para solicitações sobre projetos que podem ser continuados de acordo com o plano de governo", afirmou o petista, que durante seu pronunciamento citou o escritor Érico Verissímo e o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela. Ele disse ainda que, em seu governo, a imprensa terá papel de fiscalizar a administração estadual.
Após acompanhar Yeda até a porta do Palácio do Piratini, Tarso fez um discurso para as pessoas que se reuniram na frente da sede do governo e apontou três tarefas de sua administração. "Promover o crescimento econômico de baixo para cima com capacidade de criar condições para do desenvolvimento, inclusão e educação", o combate à corrupção e a promoção da participação popular com a revitalização do orçamento participativo.
Após as solenidades, Tarso se dirigiu ao aeroporto de onde embarca ao lado dos ex-governadores gaúchos Olívio Dutra (PT), Alceu Colares (PDT) e do presidente da assembléia, Giovani Cherini.
Fonte:Terra
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