sábado, 4 de setembro de 2010

Eleitor deve refletir na hora de escolher seu representante

O país assiste no momento a mais uma disputa eleitoral. É chegada a hora em que políticos inescrupulosos - cada vez mais numerosos - servem-se abusivamente de todas as ferramentas de que dispõem para a conquista e manutenção do poder. Para estes, os anseios coletivos não passam de instrumento de retórica para ludibriar o eleitor incauto.

Tais políticos não se importam com a ilicitude de suas condutas. Amoldam seu agir em consonância com a máxima do filósofo italiano Nicolau Maquiavel de que "os fins justificam os meios". Seus atos são presididos por interesses particulares e grupais alheios à ética e à moral. Não tergiversam em lançar mão do poder que detêm para alcançarem suas aspirações pessoais. Para estes, o que não é aceitável de modo algum é a derrota. Sim, o feio é perder. Tudo o mais é válido, ainda que à custa da relativização de valores e princípios de ampla aceitação social.

Nesse vale-tudo eleitoral, convênios eleitoreiros são celebrados aos montes e para todos os gostos, causando abalos desnecessários às finanças públicas e a seus combalidos cofres. Chega a causar espanto o desmedido número de convênios que são assinados no período pré-eleitoral. Por que será? Trata-se de uma mera coincidência? Por que não se faz tais convênios em novembro, dezembro ou mesmo em janeiro, início do exercício financeiro?

Não é desarrazoado imaginar que a assinatura desses convênios destina-se a revestir de legalidade condutas questionáveis e impregnadas de nulidade.

Outro fato que a sociedade assiste estupefata e perplexa é a mudança repentina de posicionamento adotado por alguns chefes políticos. Estes evoluem de opinião tão rapidamente que deixam o eleitor atônito e confuso com suas críticas a quem ontem elogiavam e com os aplausos dirigidos a quem no passado recente apupavam.

É cediço que cada povo tem o governo que merece. O eleitor deve, portanto, refletir na hora de escolher seus representantes. Antes do exercício de um direito, impõe-se o dever de escolher pessoas desejosas de servir, competentes, honestas e com coragem para mudar o que deve ser mudado e para manter o que deve ser continuado.


Fonte:Diario do Povo

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