terça-feira, 31 de maio de 2011

As lições de gestão empresarial Maquiavel

Executivos e empresários, a julgar pela literatura à venda nas livrarias de aeroporto, gostam de se imaginar como guerreiros medievais ou arqueiros japoneses. Aparentemente, há sempre lições administrativas a tirar da vida de Confúcio ou de Leonardo da Vinci. Sem dúvida, a arte ninja de liderar reuniões de orçamento ou a técnica de Átila no marketing varejista servem, se não para turbinar o desempenho de um diretor comercial, ao menos para inspirar seus devaneios de grandeza.
Alguns grandes personagens da história não parecem especialmente talhados para esse romantismo de portão de embarque. O nome de Nicolau Maquiavel (1469-1527), por exemplo, ainda está excessivamente associado ao pragmatismo, à impiedade e à esperteza para que pareça apropriado no esforço de nobilitar o cotidiano empresarial. 

OBSTINAÇÃO E RIGOR
Nem tanto, diz o presidente do grupo Telefônica no Brasil, Antonio Carlos Valente, no prefácio a "O Príncipe Revisitado: Maquiavel e o Mundo Empresarial" [Actual Editora, 128 págs., R$ 34], de Aderbal Müller e Luis Antonik. "Inspirados por Maquiavel", diz ele, "os autores mostram que vencer no ambiente empresarial atual requer extrema dedicação, precisão e perseverança. É preciso ser firme, rápido e eficaz. Sem obstinação e rigor não há sucesso." 
Mas "O Príncipe Revisitado" não se limita a recolher de Maquiavel fragmentos de "sabedoria" para todas as ocasiões. O texto procura manter ao máximo o estilo do autor -e sua ambiguidade essencial no que se refere à questão da ética.
Dividido em capítulos curtos, cujos títulos formulam questões precisas ("Por que os Príncipes da Itália Perderam os seus Reinos", "De que Modo se Deve Avaliar a Força dos Principados" etc.), "O Príncipe" (1513; publicado em 1532) frequentemente desnorteia quem o lê. Situações semelhantes, conduzidas de modo idêntico, podem resultar em vitória ou em desastre. Exemplos e contraexemplos se sucedem sem levar a uma conclusão unívoca --a ponto de se discutir interminavelmente, até hoje, para que forma de governo e para que tipo de liderança política pendiam as preferências do autor.
Além disso, o autor de "O Príncipe" insiste no papel imponderável da "fortuna", o acaso ou a circunstância, no sucesso das ações humanas. A este fator se soma a "virtù", que nada tem a ver com a virtude moral de um indivíduo, mas com sua capacidade de domar, pela ousadia ou pela prudência, o ambiente que o cerca.
Sem se beneficiar de uma ou de outra, nenhum governante (ou empresário, se quisermos) sobrevive à sanha de seus rivais. Nem "virtù" nem "fortuna", de resto, podem ser adquiridas nas páginas de um livro. Se fosse assim, qualquer leitor aplicado poderia aspirar, com o tempo, a tornar-se um novo Lourenço, o Magnífico (referência constante em Maquiavel) ou um novo Abilio Diniz (presença forte no panteão de Müller e Antonik).

VOLTEIOS
Aderbal Müller é autor de numerosos livros na área de contabilidade e auditoria. Luiz Roberto Antonik foi diretor da Telefônica e hoje ocupa o cargo de diretor-geral da Abert (Associação Brasileira das Empresas de Rádio e Televisão). Num texto que imita com sucesso os volteios e formalidades do clássico italiano, a menção dos autores a empresários como Antônio Ermírio de Moraes, Abilio Diniz ou Samuel Klein não é tão deslocada quanto parece.
Não apenas Maquiavel, no seu empirismo argumentativo, preferia o exemplo concreto à regra geral, como também estava desesperadamente em busca de heróis, num momento em que Florença (para nada dizer de toda a Itália, ainda não unificada) amargava as consequências de um prolongado torvelinho político.
Não é que o Brasil vá de mal a pior no campo econômico. Mas, certamente, suas empresas mais representativas passam a uma fase em que se torna cada vez mais difícil enfrentar uma concorrência globalizada; nossos "principados" empresariais se veem diante de corporações bem mais abrangentes, cujos proprietários e administradores não conhecemos de perto.
Explica-se, dessa perspectiva, a ideia de Müller e Antonik de que toda grande empresa depende, em última análise, da figura pessoal do seu dono. Contrariando polemicamente as teses mais em voga na literatura especializada, que privilegiam os "métodos" e a "cultura organizacional", os autores insistem: "Uma grande empresa é um grande homem: acorda cedo, dorme tarde, trabalha muito, sabe tudo, está presente, é obsessivo". O raciocínio vale para a Ford nos tempos do seu fundador, assim como para a Microsoft de Bill Gates, argumentam.
Valerá para a Petrobras? Existirá um só "príncipe" à frente de cada gigante financeiro, farmacêutico ou automobilístico hoje em dia? 

ACIDENTES DE PERCURSO
Entramos aqui em dois aspectos nos quais a tradução de um clássico político para o plano da vida empresarial moderna não se faz sem alguns acidentes de percurso. O príncipe maquiaveliano está em luta com potências estrangeiras e com seus rivais internos; presta contas à nobreza, à burguesia e ao populacho.
Seria de imaginar que, mantendo a simetria, o príncipe-empresário de Müller e Antonik tivesse de se equilibrar entre sindicatos de trabalhadores, fornecedores de matéria-prima, concorrentes diretos, governo central e o conjunto dos acionistas da empresa.
São estes últimos, entretanto, o foco quase exclusivo da atenção dos autores. Manter-se "no poder", em última análise, é manter-se no topo da organização -e o trato com os acionistas e assessores diretos parece ser o ponto em que Maquiavel mais tem a dizer para o leitor-empresário de hoje.
Sinal dos tempos ou restrição voluntária do foco por parte dos autores? Seja como for, não falta graça ao feito estilístico de Müller e Antonik; a realidade econômica de hoje, todavia, é provavelmente bem mais complexa do que cabe nas páginas deste livro, ou nos relatórios que recebem os acionistas de uma empresa.

CHURCHILL
"Fortuna" e "virtù", os dois componentes básicos com que se pesa o sucesso de um líder para Maquiavel, nunca faltaram à figura de Winston Churchill (1874-1965), que inspira outro livro recém-lançado para o público empresarial.
"Winston Churchill, CEO" [Campus, 280 págs., R$ 69,90], de Alan Axelrod, é o último produto de uma linha de montagem que tem, entre seus títulos, "Gandhi, CEO" e "Elizabeth 1ª, CEO". Como em qualquer livro de autoajuda, o problema do autor é o de esticar por mais de cem páginas um conjunto básico de regras ("defina o empreendimento", "elimine o medo do desconhecido" etc.) que simplesmente se explicam a si mesmas.
A vantagem é que Axelrod escolheu uma figura histórica realmente inspiradora. A vida de Churchill tem passagens de coragem extrema, muito antes do seu teste definitivo, liderando a Inglaterra na resistência isolada (depois da derrota da França e do pacto germano-soviético) contra a Alemanha de Hitler.
Aos 22 anos, Churchill recebeu seu batismo de fogo em Cuba, como correspondente de guerra; as balas dos insurgentes contra o domínio espanhol zuniram perto dele -e a sensação lhe trouxe euforia. Daí às fronteiras do domínio britânico sobre a Índia, ao Sudão e à África do Sul na guerra dos bôeres (em 1899), o jovem oficial consolidou sua carreira de combatente e escritor.
Dificilmente um empresário moderno haveria de considerar aconselhável investir sozinho, de Mauser em punho, contra rebeldes tribais. A pura sorte (ou a "fortuna") ajudou Churchill numa fuga cinematográfica de um campo de prisioneiros sul-africano.
Episódios desse tipo, além de discursos célebres e exemplos de negociação com grevistas, fornecem material interessante e admirável ao livro de Axelrod -ainda que ao preço de muitas repetições e de indisfarçada diminuição do espírito crítico.
O valor da história concreta, da "realità effettuale", como dizia Maquiavel, salva, entretanto, o livro de Axelrod das abstrações do gênero. No fundo, também em "O Príncipe" o problema era o mesmo: como se valer de princípios teóricos gerais quando são sempre concretos, específicos e indecidíveis os desafios de uma gestão? Em que medida cabem contra o Carrefour ou a Tim decisões tomadas contra o papado renascentista ou os tanques de Hitler?
O leitor, à espera do avião, aspira pelas altitudes. 

Fonte:Folha

quarta-feira, 18 de maio de 2011

"O Príncipe Revisitado" é lançado em Curitiba

Nesta sexta-feira, dia 13 de maio, os autores Aderbal Nicolas Müller e Luis Antonik lançam em Curitiba o livro O Príncipe Revisitado: Maquiavel e o Mundo Empresarial (Ed. Actual). A obra é uma releitura de "O Príncipe", de Nicolau Maquiavel, e adapta elementos deste que é considerado um importante tratado político escrito pelo autor italiano há quase meio século, para o contexto empresarial dos dias atuais. A publicação será apresentada no Anfiteatro da FAE, às 21h30, seguida de sessão de autógrafos.
De acordo com Aderbal Müller, a obra de Maquiavel foi reescrita utilizando exemplos atuais da nossa era, tornando o livro semelhante a um manual de comportamento empresarial. "É uma releitura onde tomamos o cuidado de adaptar os exemplos do comportamento de liderança medieval da época para o contexto da realidade empresarial no mundo contemporâneo", explica.
Aderbal Müller é contador, professor da FAE e já escreveu outros sete livros, todos de conteúdo técnico. Desta vez o autor resolveu trilhar pela literatura e produziu a obra em parceria com Luis Antonik, diretor geral da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). A dupla já desenvolveu outros dois títulos.
Segundo Antonik, se o texto de Maquiavel do século XVI for lido sob a ótica empresarial atual, pode-se tirar muitas lições importantes: "a vida das empresas é dura, difícil e massacrante, entretanto, ensina Maquiavel, nada se constrói sem justiça e urbanidade, seja com clientes, sócios ou empregados", ressalta. O autor revela que ser duro, saber falar não, despedir se necessário, agressivo, conhecer tudo e a todos, porém, acima de tudo, ser justo com os colaboradores, clientes e a sociedade, são algumas das lições aprendidas com o clássico italiano. "É um mundo brutal, mas com ética e uma pauta positiva. Mau comportamento, falcatruas, ardis e comportamento duvidoso não são aceitos no mundo de hoje", acrescenta Antonik.
Os exemplos do livro são quase todos atuais, pois, segundo Antonik, os de Maquiavel pouco têm a ver com a realidade atual. "Mencionamos apenas os nomes de bons exemplos. Os maus foram todos trocados de uma forma que não se possa identificá-los, até para não sermos injustos, como foi Maquiavel em alguns casos", explica. Os exemplos citados na obra original, do Século XVI, como Moisés, Ciro, Rômulo e Teseu, deram lugar a nomes como Eike Batista, Sílvio Santos, Samuel Klein, Antônio Carlos Magalhães e Luiza Trajano.
No dia 17 de maio, os autores curitibanos seguem para Brasília (DF), para o lançamento da obra na Biblioteca do Senado Federal, na Praça dos Três Poderes. A Pós-Graduação da FAE está sorteando um exemplar do livro pelo blog www.fae.edu/posblog/.

Serviço
Lançamento do livro O Príncipe Revisitado: Maquiavel e o Mundo Empresarial
Quando: 13 de maio (sexta-feira), às 21h30
Onde: Anfiteatro da FAE (7º andar) - Rua 24 de Maio, 135 - Centro
Inscrições gratuitas - Vagas limitadas
Informações pelo telefone (41) 9921-7708
Mais informações sobre a obra e entrevistas com os autores no blog www.fae.edu/posblog/

terça-feira, 10 de maio de 2011

Por que infraestrutura agora?

Não há nada mais difícil de tomar em mãos, mais perigoso de conduzir, ou mais incerto em seu sucesso, do que assumir a liderança na introdução de uma nova ordem das coisas. (Nicolau Maquiavel) - Além do Brasil, estive em cinco países americanos nas últimas semanas - Chile, Argentina, México, Canadá e Estados Unidos - e em todos eles a infraestrutura é o principal desafio na agenda política.

Todo o hemisfério ocidental necessita aumentar significativamente o investimento em infraestrutura, pois os modelos atuais estão desfalcados e sofrem com a falta de suporte adequado. A mudança é necessária e terá de ser profundamente revolucionária para implantar uma nova ordem das coisas.

O fato é que a infraestrutura é a vida de um país, em todos os sentidos - simbolicamente, culturalmente, fisicamente e estrategicamente. Existem muitas reclamações no Brasil sobre o ritmo lento no desenvolvimento dos projetos de infraestrutura, mas é assim que a banda tem tocado em todos os lugares.

Estamos em um momento histórico no Brasil que pode significar um grande salto à frente. Basta olhar para todos os sentidos que a infraestrutura tem:


Infraestrutura simbólica

A infraestrutura é simbólica quando nos diz quem somos como pessoas. Um país só é capaz de transparecer para o mundo a sua grandeza e competência, por meio de sua infraestrutura. Se pensarmos nas grandes avenidas de Paris ou, até mesmo, nas estradas romanas, veremos que os desafios de realizar a Copa do Mundo no Brasil serão muito mais profundos, pois mudarão a forma como o país enxerga os seus cidadãos. Os símbolos são apenas um dos fatores que nos orientam neste mundo, construindo plataformas de confiança, competência e organização que nos fazem avançar. A infraestrutura sempre fez muito bem este papel simbólico no mundo.


Infraestrutura cultural

Uma das coisas mais interessantes sobre a viagem ao redor do mundo, olhando para infraestrutura, é a questão de quem realmente tem acesso a ela. Essa acessibilidade demonstra basicamente quem e o que é valorizado pelo país. O Brasil é realmente um dos países mais generosos e abrangentes do mundo, mas ainda precisa refletir isso em sua infraestrutura. Não há nenhum criador oportunidade mais eficiente e distribuidor de renda do que infraestrutura - energia elétrica, água potável, transporte público, acessibilidade urbana, logística de classe mundial, etc. A infraestrutura adequada coloca oportunidades ao alcance de todos.


Infraestrutura física

Com a dose certa de imaginação e criatividade é possível rompendo as barreiras físicas e construir o suporte adequado em termos de infraestrutura de um país. Pense nas dificuldades que teve o Brasil para construir a indústria do etanol e o atual desafio na produção de produtos desta plataforma! Projetos de grande infraestrutura são, nas palavras de Tom Friedman, moon shots, exigindo que um país alcance novos patamares de concepção, engenharia, finanças, organização e para vencer as limitações físicas que têm mantido a nação em uma espécie de "país-cativeiro". Atualmente, o Brasil tem uma série de moon shots - trem de alta velocidade, investimentos no pré-sal, desenvolvimento de meios de criação de energia - que levarão o País a um nível totalmente novo.

Infraestrutura estratégica
Grandes projetos levam em conta a evolução de longo prazo da economia global, e a visão dos tomadores de decisão de um país tem de estar plugadas neste timing. Estes visionários deverão projetar em consenso qual será a economia do futuro, realizando os projetos estratégicos do país. Não são apenas os projetos de 20, 30, 40 anos ou mais que são importantes para o país daqui para a frente. Boas decisões agora são a base para as opções estratégicas da próxima geração.

Há uma razão pela qual o discurso político tem levantado a infraestrutura para o nível de prioridade nacional. Neste momento da história, onde todas as economias são definidas pela globalização, não pode haver nenhuma área mais importante na vida deste país do que a criação de infraestrutura de verdadeiramente grandiosa - em termos de seleção de projetos estratégicos, subordinação dos projetos às redes de contatos, qualidade na execução de projetos individuais e operação de longo prazo destas pedras preciosas do investimento nacional. Nestas plataformas de trabalho, o crescimento, a criatividade e a grandeza são construídos.

Fonte:DCI



quinta-feira, 5 de maio de 2011

O Príncipe revisitado: Maquiavel e o mundo empresarial

Uma das obras  mais importantes de gestão e negócios, O Príncipe, de Nicolau Maquiavel ganha uma nova versão sob a ótica de dois experientes gestores, Luiz Roberto Antonik, executivo do setor de Comunicações, e Aderbal Nicolas Muller, acadêmico da universidade paranaense UNIFAE. Polêmico e ao mesmo tempo original, O Príncipe revisitado: Maquiavel e o mundo empresarial, lançamento da editora Actual, trata-se de um livro singular, idealizado para ser a mais singela interpretação de Maquiavel em nossos dias. Reescrito com exemplos atuais e percepções da nossa era, o livro faz uma releitura cuidadosa e mostra como os ensinamentos do renascentista podem inspirar empresários e executivos a enfrentarem seus desafios do cotidiano.

Segundo Antonio Carlos Valente, presidente do grupo Telefônica no Brasil, o leitor se surpreenderá com a atualidade do texto e com os conceitos que ele traz para a gestão empresarial. “A riqueza do debate proposto pelos autores oxigena as ideias para nós que vivemos os desafios da vida empresarial – que se agigantam cada vez mais pelas revoluções permanentes vividas neste ambiente, como aquelas proporcionadas pelo avanço da tecnologia”.

O Príncipe revisitado: Maquiavel e o mundo empresarial está dividido em 26 capítulos,entre eles: Quando os executivos medem forças; Ser liberal, uma arte conquistada aos poucos; A arte de confiar nas pessoas e delegar; Aqueles que se tornam empresários pela artimanha; A gestão de empresas familiares; Quais os motivos que levam alguns empresários a perder suas empresas; A sorte existe, mas não se pode confiar nela, entre outros. Os trechos da obra original foram mantidos e há páginas inteiras transferidas para os dias de hoje, com apenas a substituição da palavra “príncipe” pela palavra “empresário”; o que, segundo os autores, denota a atualidade da obra de Maquiavel.

“Em verdade, a atualidade de Maquiavel reside, ao contrário do que ensinam certos teóricos da administração, muito mais na força, rigor, justiça e necessidade de ação rápida, qualidades inerentes ao homem de sucesso que gere qualquer empreendimento, do que em processos (...) a prática e o conhecimento nos ensinam que um pouco de maldade, estresse e desafio são indispensáveis para o bom resultado, e isso apenas se obtêm com pessoas certas” – ressaltam os autores.

O Príncipe, escrito por Nicolau Maquiavel em 1513 e publicado postumamente em 1532,  trata-se de um dos tratados políticos fundamentais elaborados pelo pensamento humano, e  tem papel crucial na construção do conceito de Estado como conhecemos hoje. No mesmo estilo do Institutio Principis Christiani, de Erasmo de Rotterdam, o livro descreve as maneiras de conduzir-se aos negócios públicos internos e externos e, fundamentalmente, como conquistar e manter um principado.


Luis Roberto Antonik
é mestre em gestão Empresarial pela Escola Brasileira de Administração Pública “Ebap”, da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro. Graduado em Geografia, Ciências Econômicas, e Administração. Especialista em Administração e Finanças. Pró-reitor, professor de graduação e pós-graduação da Unifae. Ex- diretor de planejamento empresarial da Telepar (atual Brasil telecom), Telebrás e Telefônica. Ex-diretor executivo do grupo Tim no Brasil, diretor de assuntos institucionais da RPC e diretor geral da Associação Brasileira das emissoras de Rádio e televisão “Abert”.

 
Aderbal Nicolas Muller
é doutor em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e mestre em Ciências Sociais Aplicadas pelo centro Católico do Sudoeste do Paraná (Unics). Especialista em Administração e Finanças pelo Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino FAE (Unifae), em Curitiba, Paraná. Graduado em Ciências Contábeis pela FAE Business School. É autor dos livros Auditoria das organizações (Atlas, 2001), Auditoria integral (Juruá, 2005), Contabilidade básica (Pearson, 2006), Manual da nota fiscal eletrônica (Juruá, 2007), Cálculos periciais (Juruá, 2007), Análise financeira (Atlas, 2008) e Contabilidade avançada e internacional (Saraiva, 2009).

terça-feira, 3 de maio de 2011

Hoje na História: 1469 - Nasce o italiano Nicolau Maquiavel

O filósofo, escritor, político e historiador italiano Niccoló Machiavelli – Nicolau Maquiavel – nasceu em 3 de maio de 1469. Patriota durante a vida toda e acérrimo defensor de uma Itália unificada, Maquiavel tornou-se um dos pais da moderna teoria política.

Maquiavel entrou para a política em sua terra natal, Florença, quando tinha 29 anos. Como secretário de Defesa, se distinguiu ao executar políticas que acabaram fortalecendo Florença politicamente. Logo lhe foram designadas missões diplomáticas em nome do Principado florentino para se encontrar com personalidades centrais da época, como o rei Luis XII da França e talvez a mais importante para Maquiavel, o príncipe dos Estados Pontifícios, Cesare Borgia. O hábil e astucioso Borgia inspirou mais tarde o personagem título do famoso e seminal tratado de Maquiavel O príncipe (1532).