sábado, 12 de setembro de 2009

Teixeira da Cruz quer ética

O tema principal da sua intervenção era a Justiça, mas a presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Paula Teixeira da Cruz, aproveitou ontem o debate na Universidade de Verão do PSD para falar de ética e da oportunidade perdida pelo partido na formação das listas às legislativas.

Mais, numa resposta que tinha como destinatário Paulo Rangel, a ex-dirigente social-democrata considerou: 'É certo que há autores que separam ética da política. Como Maquiavel. Mas não é menos certo que César Borgia, o Príncipe em quem Maquiavel se inspirou para escrever a sua obra, acabou muito mal: foi morto em fuga sem glória alguma.'

Esta semana, o eurodeputado e ex-líder parlamentar demarcou-se de Marques Mendes que pediu ética na política. Rangel contrapôs que 'a política é autónoma da ética, a ética é autónoma da política', contextualizando-a na leitura do 'Príncipe' de Maquiavel. Mas, para Teixeira da Cruz, a ética tem a ver 'sobretudo com a política' e nem é necessário falar em crime ou suspeita. Em nome da credibilidade das instituições, os 'agentes políticos têm de estar acima de suspeitas e não as podem arrastar para as instituições', argumentou.

Em suma, para a ex-dirigente ‘laranja’, o PSD perdeu oportunidades 'enquanto partido, com os critérios para as escolhas de agentes' que os representarão. Em causa estão os nomes de António Preto e Helena Lopes da Costa para as listas das legislativas na capital.

Na véspera, o autarca do Porto, Rui Rio, sublinhou que concordava com 'praticamente tudo' o que é importante no programa do PSD, considerando impossível todos os militantes do partido concordarem com todas as linhas e pontos.

Quanto às listas, o vice-presidente do PSD preferiu não responder para não 'alimentar temas que prejudicam o PSD'.

Fonte:Correio da Manha

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