quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Ricardo faz maldades em início de governo em Paraíba praticando Maquiavel, diz Major Fábio


O deputado federal Major Fábio, líder do movimento dos policiais militares que protestam contra a possibilidade de suspensão por parte do governo do pagamento da chamada PEC 300, que reajusta os salários dos militares em 100%, disse nesta quarta-feira, 19, que o governador Ricardo Coutinho (PSB) leu bastante O Príncipe, de Maquiavel, e está aplicando a “máxima de fazer todas as maldades possíveis no início do governo para depois promover bondades”
“Ele está fazendo essas maldades com os servidores públicos no início de governo inspirado em Maquiavel. Da mesma maneira quando agiu na prefeitura de João Pessoa. Ele está tratando a Polícia Militar como tratou a Guarda Municipal”, disse o Major Fábio.
Segundo ele, o governador está com problemas. “Ele está com problema, não sei se foi o Nonato Bandeira que mandou ele agir como um rei, e essa estratégia não vai dar certo”, disse o Major Fábio, referindo-se ao secretário de Comunicação do governo do estado, jornalista Nonato Bandeira.
Major Fábio disse que jamais barganhou vantagens junto ao governador. “Eu nunca saí da minha casa pra pedir alguma para ele. Eles me ofereceram uma secretaria depois que eu assumisse uma vaga de deputado federal para renunciar logo em seguida ganhando R$ 26 mil reais por mês na Paraíba, mas eu disse não”, disse o deputado.
“Se a PM entrar em greve, responsabilizem o governador”, finalizou o deputado Major Fábio.

Nota da redação: Nicolau Maquiavel  foi um historiador, poeta, diplomata e músico italiano do Renascimento. É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, pelo fato de haver escrito sobre o Estado e o governo como realmente são e não como deveriam ser. Os recentes estudos do autor e da sua obra admitem que seu pensamento foi mal interpretado historicamente.

Fonte:Paraiba

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A governadora utilizou trecho de O príncipe, de Nicolau Maquiavel

A ex-governadora Yeda Crusius (PSDB) repetiu em sua última manifestação no comando do Palácio Piratini o tom dos discursos que marcaram sua gestão: listou conquistas do governo e apontou dificuldades superadas. “Respeitamos nossos compromissos e a casa está em ordem”, afirmou em sua despedida do Executivo, na manhã de sábado.

Muito sorridente durante as formalidades que antecederam seu discurso, Yeda voltou a demonstrar seriedade para afirmar que a data era importante pelas reformas na estrutura do Palácio Piratini que entregava ao governador. “Foram quatro anos de governo em que quisemos honrar o Piratini e outras instituições.”

A governadora utilizou trecho de O príncipe, de Nicolau Maquiavel, para aludir ao seu modelo de gestão, que considera inovador. “Não existe nada mais difícil do que dar início a uma nova ordem das coisas”, citou. A tucana apontou a transparência como um dos objetivos alcançados no governo. “Fizemos com que tudo fosse feito com contratos.”

Registrou como avanços a criação das secretarias de Irrigação e da Justiça, para tratarem de problemas específicos do Estado, e a construção de um presídio feminino modelo em Guaíba.
Também lembrou da obtenção do déficit zero, que, talvez para evitar polêmicas, chamou de orçamento realista. “O bom disso é o reconhecimento no mundo, vide o apoio do Banco Mundial”, reforçou, sustentando ainda que gerou “a possibilidade de fazer empréstimos para fazer valer a vontade da população”. “Cumprimos a Lei de Responsabilidade Fiscal, que antes não obedecíamos”, acrescentou.
Sem citar claramente as críticas ao governo, que sempre considerou duras, a ex-governadora criticou a radicalidade que, para ela, não pode mais ser encarada como uma característica da cultura gaúcha. “A cultura evolui. É sempre possível evoluir e mudar”, disse, acrescentando exemplos do mal da dita radicalidade, como atos terroristas e violência contra a mulher. Encerrou o discurso desejando sucesso a Tarso.

Ao descer a escadaria do Piratini, minutos após deixar o comando do Estado, a tucana ainda presenciou um acontecimento típico de campanha eleitoral. Acompanhada do governador, ela ouviu militantes petistas e aliados gritarem “Tarso, Tarso”, o que motivou apoiadores a revidarem com gritos de “Yeda, Yeda”.
No jardim da ala residencial do Piratini, Yeda foi recebida por diversos membros da sua gestão. Entre eles o ex-secretário de Administração Elói Guimarães (PTB) e o ex-secretário da Fazenda Ricardo Englert.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

"O Príncipe", de Nicolau Maquiavel - aprenda com os clássicos

Antes mais, é prudente salientar que o livro em análise não é o famoso original de Maquiavel, mas uma leitura de um autor britânico, Tim Phillips.

É um livro pertencente a uma colecção que pretende analisar alguns clássicos como "A Arte da Guerra", de Sun Tzu, ou "Como fazer fortuna", de Benjamin Franklin, tentando resgatar as lições mais importantes dessas obras, construindo um paralelo entre a perspectiva dos autores e o dia-a-dia dos indivíduos e das empresas.
Naturalmente, a leitura deste livro não substitui de forma alguma a consulta do original. A obra de Maquiavel, embora seja bem mais difícil de ler, é mais rica e susceptível de várias reflexões.

Ainda assim, este livro de Tim Phillips revelou-se útil para relembrar alguns conceitos e será suficiente para mostrar os aspectos essenciais de "O Príncipe" a quem não conhece o texto de Maquiavel.

Desde o início do livro que se percebe que ler "O Príncipe" é como levar uma bofetada, perguntando-nos o que queremos atingir, o que estamos dispostos a fazer para o conseguir e mostrando o abismo entre o mundo real e o que gostaríamos que existisse. Maquiavel, numa obra idealizada para os Médici, deu-nos um conjunto de lições e práticas de liderança, dando ênfase ao poder - é importante conquistá-lo, mantê-lo e, acima de tudo utilizá-lo. Deve haver sempre uma preocupação com a acção, a frontalidade e o pragmatismo. Uma das frases a reter é "Os líderes lideram, até para manter a autoridade pessoal. Desde que tome as decisões, inspirará autoridade e poderá liderar".

Tim Phillips relembra-nos constantemente que um "príncipe" não é uma pessoa boa, mas um guerreiro. Pode mentir, ser cruel, sovina, tirano e desprezível. Numa lição a reter, mostra-nos como o sucesso pode ser o ponto de partida para o fracasso, ao limitar a inovação, levando à gestão e não à liderança e fugindo ao risco.







Autor: Tim Phillips; Editora e Data: Infinite Ideas - 2008 (original); Ideias de Ler - 2009 (versão portuguesa)

Frase: "Devemos agradecer a Maquiavel e a outros, que escrevem o que os homens fazem";

Palavras Chave: "Poder"; "Acção"; "Decisão"; "Mentir"; "Cativar"; "Estabilidade"; "Sistema"

Apreciação: ***


Fonte:Jornaldenegocios

domingo, 9 de janeiro de 2011

Fique de olho nos 5 assuntos mais cobrados de História

O conteúdo de História é extenso, mas é possível filtrar para decidir o que merece uma última olhada antes do vestibular. Os professores Jucenir da Silva Rocha e Gilberto Marone, do Sistema Anglo de Ensino, tomaram como referencial os vestibulares mais concorridose identificaram os temas de cada período histórico que mais povoam as provas. Fique atento para os seguintes conteúdos:

História do Brasil
Os vestibulares têm dando-se ênfase às economias do açúcar e do ouro, no período colonial, e ao processo de independência política.
A expansão do café também é conteúdo certo, pois é algo importante para São Paulo e também um tema quase obrigatório na caracterização do período monárquico. Tem-se ainda centrado atenção na primeira metade do século XX, fases da República Velha e da Era Vargas, para a avaliação sobre a República brasileira.

Idade Antiga
Atenção para a história da Grécia e de Roma, especialmente a democracia ateniense e a formação e decadência do Império romano.

Idade Média
Normalmente o que mais se aborda é o islamismo, a configuração do feudalismo e a sua cultura; da Baixa Idade Média, as transformações que deram origem ao renascimento comercial e urbano e a formação do Estado Nacional.

Idade Moderna
Destaque para o Renascimento e a Reforma Religiosa, a Revolução Comercial e o Estado Monárquico Absolutista. Deste período, deve-se ter conhecimento, não só dessa sucessão de episódios, mas principalmente dos fundamentos que os justificavam. Assim por exemplo:
Martinho Lutero, João Calvino para a Reforma Religiosa; Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes e Jacques Bossuet para o Absolutismo. Ainda, no final da Idade Moderna, inspiradas no pensamento Iluminista, eclodem as revoluções liberais. Da mesma forma, deve-se observar aos fundamentos propostos por John Locke, Montesquieu, Rousseau, Voltaire e pelos fisiocratas, como também a relevante Independência dos Estados Unidos.

Idade Contemporânea
Este é o período com mais volume de conteúdo. Mas a Revolução Francesa é quase regra nos vestibulares. Portanto, atenção para as suas causas e as suas fases, especialmente o conflito entre jacobinos e girondinos na Convenção Nacional; o Terror de Robespierre e a fase derradeira com o golpe 18 Brumário de Napoleão Bonaparte. Do século XIX, a nova ordem política européia após a queda de Napoleão com o Congresso de Viena; as Revoluções liberais e nacionalistas, a Comuna de Paris, as independências na América Latina e o Imperialismo.
Deste período, observe a importância do liberalismo de Adam Smith e o socialismo, especialmente de Karl Marx. Da primeira metade do século XX: a Primeira Guerra Mundial, a Revolução Russa de 1917 e a Crise de 1929 nos Estados Unidos. Deste período, observe a falência da democracia liberal e o surgimento dos Estados Totalitaristas (fascista, nazista) e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Da segunda metade do século XX: a Guerra Fria, especialmente as tensões internacionais dos anos 50 e 60 (Guerra da Coreia, Revolução Cubana e Guerra do Vietnã); a Nova Ordem fundada na globalização com a desagregação do Império Soviético, como também, o neoliberalismo, as nações emergentes, o fundamentalismo islâmico e os seus reflexos internacionais, o desempenho do FMI, da ONU e da OMC e a atuação dos EUA.

Fonte:Terra

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Um convite para estudar Maquiavel

Em meio ao momento político que vivemos no Brasil, venho aqui propor um convite à sociedade brasileira. Como cidadão, realmente bate um sentimento de indignação e impotência ao observar os elevados números percentuais que os Deputados Federais (61,83%), os Deputados Estaduais do RS (73%), entre outros, aumentaram em seus salários. Em meio a este turbilhão, eu diria que cabe a nós estudar! Muitos vão contestar achando que estou de brincadeira, mas não! Não digo aquele estudo que vivenciamos na escola, fechadinho, com conteúdos lineares, presos a carga-horária e que, muitas vezes, não tem alguma relação vital. Falo do estudo pela necessidade que este apresenta em nossa vida; no caso, essa necessidade se manifesta na indignação com a atual situação governamental. E aqui, entro no seguinte tema: Política.

Esse assunto já vem sendo debatido há muito tempo. Desde o século V a. C. filósofos já discutiam esta questão. Ao longo da história, muitos teorizaram sobre este tema, a saber: Platão (“A República”), Aristóteles (“Política”), Hobbes (“Leviatã”), Rousseau (“Do Contrato Social”), Rawls (“Uma Teoria da Justiça”) entre outros. Mas o que eu quero convidar os leitores a estudar é o filósofo que tem sua teoria conhecida como “Realismo Político” e que acredito que pode muito nos ajudar a compreender o que está acontecendo com nossa sociedade. O autor é Nicolau Maquiavel. Sua obra chama-se “O Príncipe” (publicada, aproximadamente, em 1531).

Nesse livro, Maquiavel busca descrever como funciona a política, tomando por base os acontecimentos históricos. Segundo o autor, a organização do Estado é algo meramente técnico e desvinculado do campo da moral. O governante (no caso da obra, ele se refere ao “príncipe”) deve ser uma pessoa parcial, capaz de agir de “qualquer forma” para atingir seus objetivos; inclusive, se for o caso, ele deve apelar para Deus, a fim de convencer e conquistar o povo.

Maquiavel também trabalha com dois conceitos importantes: o de “fortuna” e o de “virtú”. “Fortuna” significa tudo aquilo que não depende do ser humano para acontecer (podemos, aqui, chamar de acaso, imprevisto). “Virtú” significa o conjunto de qualidades que permite ao sujeito aliar-se a “fortuna” e obter êxito naquilo que objetiva. É a capacidade em que o sujeito tem de fazer o necessário para chegar ao fim almejado, mesmo que de forma “imoral”.

Cabe salientar que Maquiavel vai muito além desse resumo que escrevi. Isso é uma breve provocação ao leitor, para que cada um possa se sentir instigado a lê-lo. Sei que ao ler Maquiavel, as pessoas de bom coração sentirão uma certa repulsa, talvez até questionando sobre o porque dele escrever dessa forma. Em sua época, Maquiavel teve interesses pessoais para publicar tal escrito; mas acredito que sua produção foi muito além desses interesses. Maquiavel conseguiu ler sabiamente a história dos seres humanos e, com isto, oferece-nos em excelente material teórico para compreender, em grande parte, o que ocorre na nossa sociedade atual em pleno século 21.

Desta forma, concluo este artigo convidando as pessoas a ler “O Príncipe”, a fim de que tirem suas próprias conclusões. Vocês perceberão que a Filosofia não é algo tão chato, como, muitas vezes, parece ser na escola, e poderão refletir; e quem sabe, um dia, serem os sujeitos que escreverão a história de uma maneira diferente da que Maquiavel traçou no século 16 e que ainda vige em nosso País.



*Licenciado em Pedagogia (Furg) e Filosofia (UFPel)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Tarso Genro governador do Rio Grande do Sul cita Maquiavel

Ao tomar posse na manhã deste sábado o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, afirmou que vai usar sua experiência à frente do Ministério da Justiça para governar o Estado com "pacto entre poderes" e combate à corrupção. "Faremos do Rio Grande do Sul um exemplo no combate ao desvio de conduta de agentes públicos", afirmou na janela do Palácio do Piratini, após receber o cargo da tucana Yeda Crusius, que teve o governo marcado por escândalos de corrupção.
Ainda na Assembléia Legislativa, onde assinou o termo de posse, Tarso destacou que o "pacto", promovido nos mesmos moldes do que foi feito enquanto estava à frente do ministério, fomentou "bons acordos para vencer problemas que emperravam a estrutura do Estado brasileiro".
Ao assinar o termo da posse, Tarso recebeu das mãos do presidente da assembleia, deputado Geovani Cherini (PDT), três argolas com as cores do Estado: verde, vermelho e amarelo, que seguindo o parlamentar, representavam o "elo" entre o Executivo e Legislativo.
Na assembleia Tarso defendeu "uma relação permanente e respeitosa com o parlamento e entidades sociais" e disse que a cultura política gaúcha deve ser potencializada para que o Estado tenha "um papel decisivo" no Brasil.
Após a cerimônia na assembléia, Tarso se dirigiu para o Palácio do Piratini, sede do governo gaúcho, onde recebeu o cargo da então governadora do Estado, a tucana Yeda Crusius. Em seu discurso de despedida, ela destacou que seu governo foi de "gestão" e focado na "transparência" e citou um trecho do livro O Príncipe, de Nicolau Maquiavel, ao falar sobre os desafios de estabelecer uma nova ordem.
"A transparência foi um novo jeito de governar, ao invés de fazer política atrás do biombo.. fui acusada de não saber fazer política. Fizemos com que não houvessem feudos ou amigos do rei e da rainha", disse Yeda em seu discurso.
Tarso desejou um período de descanso para a governadora "após passar por momentos difíceis na política". "Estou aberto para solicitações sobre projetos que podem ser continuados de acordo com o plano de governo", afirmou o petista, que durante seu pronunciamento citou o escritor Érico Verissímo e o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela. Ele disse ainda que, em seu governo, a imprensa terá papel de fiscalizar a administração estadual.
Após acompanhar Yeda até a porta do Palácio do Piratini, Tarso fez um discurso para as pessoas que se reuniram na frente da sede do governo e apontou três tarefas de sua administração. "Promover o crescimento econômico de baixo para cima com capacidade de criar condições para do desenvolvimento, inclusão e educação", o combate à corrupção e a promoção da participação popular com a revitalização do orçamento participativo.
Após as solenidades, Tarso se dirigiu ao aeroporto de onde embarca ao lado dos ex-governadores gaúchos Olívio Dutra (PT), Alceu Colares (PDT) e do presidente da assembléia, Giovani Cherini.

Fonte:Terra